Música
Géssica Moraes – A nova aposta do Sertanejo do Nordeste
Natural de Marcionílio de Souza, na Bahia, a criança sonhadora que queria ser médica, na verdade, despertou a cantar aos 7 anos de idade, quando começou a participar de brincadeiras na escola, em troca de pontuação, vem alçando voos largos há 15 anos. A pouca idade não impede que a jovem traga em suas referências nomes como Gilberto Gil, Maria Bethânia, Caetano Veloso e Ivete Sangalo, premiadíssimos ícones da nossa Música Popular Brasileira e que engatam nas raízes da artista, toda mistura de ritmos e sons de um país tropical de todos os gêneros e ritos.
Em 2020, aproveitou a ausência dos shows, para produção dos EPs: “Segundo Plano” e “Maria Sofrência”, além da sua música “Contando os Segundos”, que traz seu lado compositora aliado à produção musical de Gabriel Viana. No repertório do segundo álbum, canções como “Maria Sofrência”, que assina o disco, “Backup do Amor”, “Caso Favorito”, “Espelho Meu”, “Vai Tarde”. No primeiro, que passa a ser o seu “Segundo Plano” traz no setlist “2 semanas e meia e 40 minutos”, “Invisivel”, “Vota Vai”, “Exclusividade assim acaba” e “Morar nos braços dele” que retratam bem aquela velha frase de que “todo mundo já sofreu um dia” ou “quem nunca teve uma desilusão amorosa” para cantar cada verso das playlists.
Mas, a maior surpresa chegou com “Non ho l’eta”. Um clássico italiano, cantado pela primeira vez no Festival de Sanremo por Gigliola Cinquetti, até então com 16 anos, conquistou o público e venceu o evento com “Non Ho l’Eta Per Amarti”. Com esse grande sucesso, Gigliola levou também o Eurofestival de Copenhague em 1965, e foi neste contexto que Géssica quis mostrar todo seu diferencial na música, não apenas se inspirando nas mulheres do sertanejo, mas em uma musa que se consagrou como a primeira mulher a ganha uma das mais importantes competições europeias. “Ter tantos modelos musicais me dá o privilégio de poder pincelar, em todas as áreas, pequenos traços de cada um e trazer para o meu universo importantes exemplos. Essa nova roupagem, deu um sentido maior a minha carreira e, principalmente, permitiu poder mostrar todo o meu potencial de cantar em todos os estilos”, completa Géssica.