Cultura

Conheça a trajetória artística de sucesso de Suellen Duduwa

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Se tudo é caminho, deixa eu caminhar

Suellen Duduwa, iniciou sua trajetória artística impulsionada por sua primeira professora plástica de artes plásticas aos 14 anos, quando participou de um concurso entre alunos da rede municipal de ensino da Prefeitura Municipal da Cidade do Rio de Janeiro. Tendo sua ilustração escolhida por dar identidade à mostra de dança que aconteceria naquele mesmo ano na Lona Cultural Terra.


Desde então manteve-se como espectadora do mundo artístico e após o início da pandemia emergiu trazendo para superfície toda sua vivência com a espiritualidade e ancestralidade ao qual estava mergulhada.


Sua imersão artística aconteceu, após sua tomada de decisão em aproximar o público do sagrado que ela conhecia de perto, intensificou seus estudos com base nos Grandes Mestres da Renascença.
Em formação, a artista é discente do curso de Artes Visuais, especializando em pinturas com tinta a óleo, estudou estruturas básicas em escultura e anatomia.


Essa força e coragem em se tornar artista, Suellen atribui aos exemplos que teve em casa, esse processo de se entender como artista foi se desenvolvendo paralelo ao de se entender como mulher preta, com o tempo foi amenizando as feridas, afastando as influências que não cabiam nessa construção e se permitindo a enxergar novos horizontes.


Mas a virada de chave aconteceu em 2016, quando iniciou-se em Ifá. A artista brinca quando descreve que é médium dentro e fora do terreiro.
No terreiro, ela faz esse papel trazendo mensagens, ritos, cantos, danças de cura. E na arte, ela traz memórias, cores, sentimentos, codifica imagens para acessar esse lugar na alma do espectador que vivencia ou não as magias de um terreiro. Atrelando sua relação pessoal, a pesquisas, memórias e a conexão com seus guias.
Esse movimento de pesquisa e resgate lhe proporcionou revelar e ressignificar símbolos sagrados, indo além de um trabalho temporal linear, atravessando o espectador e possibilitando inúmeras interpretações diante da mesma obra.
A arte e a religiosidade lhe permite ser narradora de sua própria história e de usar a pintura e demais plasticidades para trazer à sua superfície a experiência de cada contato que teve com espaço cosmológico das encruzas diaspóricas.
A exposição ” Se tudo é caminho, deixa eu caminhar”, contará a trajetória artística de Suellen Duduwa, que descreve sua obra como resultado de seu pensar, sentir e agir. Colocando-se como servidora da arte, captando símbolos e histórias para transforma los em imagens nas telas. Ela pinta o invisível, mergulha fundo em si mesma, enfrentando seus medos.
Seu trabalho é relevante para análise , pesquisa e contemplação do ancestral e do contemporâneo, valorizando a interpretação de ícones fora do padrão estético tradicional. Segundo o curador, que opta em ser chamado de curandeiro, Júnior Negão, a exposição representa um encontro de muitas vidas que se identificam com essa jornada criando uma relação de interesse entre as obras e o espectador.
Vamos propor ao público uma expografia e texto que narra essa encruzilhada e confluências focados em três anos de trabalho, não para sua carreira como um todo. E sim de uma assinatura que já caminha com Suellen Duduwa.

” Pintar é tão potente, assim como Esú é verbo “, afirma a artista .

Serviço
Exposição ” Se tudo é caminho, deixa eu caminhar”.
Período: De 06 a 30 de Julho
06/07 – Abertura
14 h – Papo com a artista e o curandeiro
16 h – Vernissage
18 h -Encerramento
Local: Centro de Artes Caloustre Gukbenkian
End: Rua Benedito Hipólito, 125 Praça XI – Rio de Janeiro
Visitação: De segunda a sábado
Das 09 h às 21 h
Artista: Suellen Duduwa
Curanderia e direção : Júnior Negão
Assesoria: Rhosy Luna

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